MEC ajuda e o ensino à distância cresce no Brasil
02 de abril de 2003, 0:00O Ministério da Educação reforça as bases legais e exigências. As instituições que conseguem se adequar podem ter um grande filão pela frente, sobretudo com alunos de países periféricos.
Andréa Cortez, da Folha de Pernambuco
Durante muito tempo observado como algo sem credibilidade, o ensino à distância (EAD) passa a assumir um papel mais relevante e importante num país onde a dificuldade de locomoção e de tempo disponível figuram como algumas das principais dificuldades para que as barreiras do conhecimento e da especialização sejam vencidas. E não haveria ocasião mais oportuna para a estruturação dessa “nova” metodologia que o advento da internet – ferramenta indispensável para diminuir essa lacuna.
A mestranda em Psicologia Cognitiva, Isabelle Diniz (foto), é um bom exemplo disso. Por não ter muito tempo disponível para fazer cursos, ela resolveu optar pela educação à distância. Isabelle fez o curso de Gestão na Web através do Virtus e explica que a liberdade de organizar sua própria agenda de estudo – ainda que a obrigação de cumprir o cronograma seja a mesma – facilita a otimização do tempo. “Eu podia estudar na hora mais conveniente para mim, às duas da manhã, por exemplo, de qualquer local onde estivesse”, relata a ex–aluna.
No Brasil, a cada dia que passa as instituições de ensino tentam mergulhar mais e mais na realidade do EAD. O vice–coordenador do programa na UFPE, André Neves, lembra que teve muitos alunos do Afeganistão justamente no período da guerra contra os Estados Unidos. “De fato, existe a distância territorial mas, quando se trata de
conhecimento, ela desaparece”, filosofa Neves.
Ele acrescenta que, assim como no Brasil, extenso territorialmente, o ensino à distância também é uma ferramenta bastante difundida em países com perfil semelhante, como Austrália, Canadá e Reino Unido.
Coordenador do Departamento de Atividades Técnicas da Universidade Federal de Lavras (MG), Dalton de Sousa destaca que a metodologia contribui, principalmente, para facilitar a vida daqueles profissionais que querem dar continuidade aos estudos, mas lhes falta tempo.
“O grande benefício da educação a distância é a facilidade de conciliar o trabalho e a atualização profissional sem precisar de dedicação exclusiva ao curso”, explica Dalton, revelando que os índices de satisfação entre os alunos sempre ficam “entre bom e ótimo”.
Quanto aos resultados finais, ambos destacam que, na maioria dos casos, eles se apresentam muito mais positivos do que os cursos presenciais. “Dá muito mais trabalho fazer um curso a distância, por isso, as pessoas têm demonstrado mais responsabilidade e interesse, algo que tem refletido na superioridade e na qualidade dos trabalhos”, aponta o coordenador do Virtus.
Referências
http://webinsider.uol.com.br/2003/04/02/mec-ajuda-e-o-ensino-a-distancia-cresce-no-brasil/
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