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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trabalho

06/01/2011 - 07:01:34 - Versão para impressão

Ensino a distância prevê crescer 8% em 2011 e passar dos R$ 2,2 bilhões

Depois de uma pausa em 2009, gerada também pela crise financeira, 2010 terminou com ampla expansão da expansão do ensino particular. Entre os carros-chefe deste dado, destaca-se o ensino a distância (EAD), que fechou 2010 com cerca de 973 mil alunos, 30% de todos os universitários de instituições particulares, e movimentou cerca de R$ 2,2 bilhões em 2010. Para 2011, a expectativa, de acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distancia (Abed) é obter um crescimento de 8%, o que representaria uma injeção de R$ 176 milhões na movimentação do segmento.

"Fechamos 2010 com um amplo reconhecimento de o que é e para que serve o ensino a distancia, e aposto em 2011 como o grande ano da consolidação do segmento", afirmou Renato Bulcão, diretor da Abed. O Brasil, que hoje conta com 7 milhões de universitários, de acordo com números recentes do Ministério da Educação (MEC), já possui 4 milhões deles no ensino particular, e 973 mil no EAD.

"O objetivo do MEC é chegar a 15 milhões de universitários em uma média de 10 anos e, na minha opinião, esse número só será consolidado com a inserção ampla de alternativas em EAD, tanto pelo preço da mensalidade e facilidade de acesso, quanto pelo gradual crescimento da inserção da população brasileira no mundo digital", afirmou Luiz Gomes Santos, analista de mercado educacional da agência Educom.

A chegada de uma nova geração, criada em meio a equipamentos eletrônicos, também é um grande diferencial para o EAD em 2011. "Este ano marca a chegada à universidade de crianças que já cresceram com contato com o computador, seja em lan house ou em casa; esse aluno chegou à faculdade e já vem livre de preconceito para com qualquer contato virtual", afirmou Bulcão.

Ano de fusões e aquisições

2010 foi um ano de grande retomada da agenda de fusões e aquisições no segmento de educação particular; a queda do nível de desemprego e aumento da renda média da população foram o motor do setor em 2010, proporcionando a expansão do setor, principalmente no EAD.

"Para 2011, as perspectivas permanecem positivas. A continuidade do ambiente econômico favorável e o maior acesso a crédito estudantil deverão impulsionar a captação, reduzir a inadimplência e evasão e favorecer a retenção de alunos", afirma Gomes, que lembra que o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que baixou o juros para o crédito do universitário de 9% ao ano para 3,4%, também será decisivo para o aumento do número de alunos.

Primeira universidade a abrir seu capital em bolsa, a Anhanguera vem de uma franca expansão em 2010, e o ritmo deverá ser mantido em 2011. A oferta pública de ações da universidade, que captou R$ 844,1 milhões, fez com que o grupo se tornasse a maior compradora de universidades brasileira. "A Anhanguera é a história mais desenvolvida e a companhia mais líquida no espaço educacional brasileiro: são 18 as aquisições nos últimos anos", afirmou Gomes, que lembrou que a quantidade não significa, necessariamente, qualidade. "Apenas duas das universidades compradas pela Anhanguera obtiveram nota mínima no Enade."

A crescente participação da Anhanguera nos negócios de ensino a distância também é destacada pelo analista, que afirma ser esta a aposta de baixo investimento e amplo retorno. "O EAD incrementa seu volume total de receita, possibilitando-lhe uma expansão com um menor comprometimento de capital."

A Estácio Participações, também de capital aberto, depois de mudar a sua base acionária, usou 2010 para focar na reestruturação administrativa do grupo. Em dezembro, o grupo anunciou o recebimento de um empréstimo de U$ 30 milhões do International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial.

O financiamento, que terá prazo total de dez anos, será destinado principalmente a aquisições de empresas, além de expansão e aperfeiçoamento de unidades já existentes. "A companhia pretende alavancar as oportunidades de crescimento do setor de educação no Brasil por meio da abertura de novas unidades, da inovação na oferta de cursos, assim como por aquisições e consolidação do mercado", afirmou a instituição, em nota.

Para Gomes, a iniciativa da Estácio também terá grande enfoque no ensino a distância. "O valor conquistado pelo grupo deverá render retorno rápido, e o EAD é o melhor investimento."

O analista lembrou ainda que universidades como Metodista e Fundação Getúlio Vargas (FGV) seguem na linha de frente em investimentos e tecnologia. "Universidades como estas trazem credibilidade ao segmento, e força do mercado para investir."

Não são apenas os pretendentes a ingressar em uma universidade que optam pelo EAD. Pesquisa recente da Abed apontou que cerca de dois milhões de alunos fizeram algum curso a distância em 2010, sempre indicados pelas empresas em que trabalham.

"Hoje temos grandes incorporações, como a Petrobras, que fazem toda sua base de treinamento a partir do EAD", afirmou Renato Bulcão, diretor da Abed.

De acordo com os números levantados pela associação, 58% dos alunos de cursos on-line de capacitação profissional são provenientes de empresas estatais. "A aposta do governo em treinar seus funcionários a partir de cursos a distância impulsiona o segmento e mostra credibilidade", como disse Balcão.

Setores como serviços e comércio também já usam essa ferramenta para preparar seu pessoal, muitas vezes com cursos internacionais. "Vertentes como serviços muitas vezes são ramos de empresas multinacionais, em que seria caríssimo investir em cursos presenciais, por isso a opção pelo EAD é tão viável", finalizou (DCI, 6/1/11)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alunos de cursos EAD conquistam aprovação em concursos públicos

É crescente a procura de alunos por cursos preparatórios a distância para concursos públicos. Estas instituições de ensino que investem na EAD, quase sempre, conseguem bons resultados, com expressivos índices de aprovação. O concorrido sonho de ingresso na carreira pública tem reservado novidades. E surpresas. É o caso dos alunos que concluíram cursos regulares e tiveram êxito na disputa por vagas no setor público. Exatamente como ocorreu no curso de Serviço Social do Ensino a Distância da Unopar Virtual (Universidade Norte do Paraná).
Muitos deles foram aprovados em concursos públicos para o cargo de Assistente Social, realizados em diversas regiões do país. Para a Pró-reitora de Ensino a Distância da instituição, Elisa Maria de Assis, a aprovação dos alunos reforça a qualidade do ensino a distância. “Divulgar os resultados obtidos pelos egressos da EAD desmistifica o preconceito que existe sobre essa modalidade de ensino e potencializa o excelente trabalho realizado pelos docentes e alunos”, completa a professora.
A aluna Maria da Graça conquistou a vaga de Assistente Social em concurso público promovido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais na cidade de Manga. Ela colou grau no sábado, dia 26 de março de 2011, e conquistou o feito ainda enquanto fazia o penúltimo semestre do curso. Para Maria, a principal dificuldade era que na região da pequena cidade do interior do Norte de Minas as faculdades presenciais ficavam muito distantes. O curso EAD, então, rompeu as barreiras físicas do ensino, possibilitando o desenvolvimento da região.
“Essa foi a melhor oportunidade que eu tive, eu sinto que o sistema EAD ainda sofre muito preconceito. Quando fiz a inscrição do concurso, senti isso. Mas o conteúdo está validado. Prova disso é a minha própria aprovação no concurso público do qual participei. Foi com o conhecimento que a Unopar me ofereceu que eu fui aprovada, tudo que foi cobrado na prova  do concurso me foi oferecido pela Unopar”, disse.
Aprovada em 1° lugar no concurso público da Prefeitura de Sapezal, no Mato Grosso, outra aluna da EAD da Unopar, Rosani Garmatz, também festeja a classificação. “O nosso coordenador de curso sempre nos deu dicas para estudar. Ele sempre dizia que nossas provas estavam no mesmo nível dos concursos, e foi com esse material, com as webaulas e as teleaulas que eu estudei. O material complementar da EAD me ajudou muito.”
Recentemente outro aluno do curso de Serviço Social EAD da Unopar foi aprovado em 1° lugar em concurso público para Assistente Social. Marcelo Silva Firma, de 30 anos, conquistou a vaga na cidade de Eduardo Magalhães, na Bahia. Ele, que concluiu o curso em agosto de 2010, conta que os inscritos por vaga chegavam a 150. Mas isso não foi motivo para desistência. “Sempre fui um aluno dedicado e me preocupei com os estudos. Acreditava na Unopar e no meu potencial como aluno independente para aprender no esquema a distância”, afirma Marcelo.
Para ele, o estudo a distância lhe proporcionou empenho extra em relação ao interesse em aprender. “Somos nós que ordenamos os nossos horários de estudos fora da universidade, e não perdemos nada na aprendizagem. Estou muito feliz por ter estudado na Unopar Virtual, que me fez aprender de maneira autônoma e independente”, ressalta.

O PERFIL E O PREPARO DOS ALUNOS DE CURSOS À DISTÂNCIA

O PERFIL E O PREPARO DOS ALUNOS DE CURSOS À DISTÂNCIA

Curso: Especialização em Educação a Distância
Aluna: JUSSARA BEATRIZ DE SOUZA
Prof. Orientador: Profa. Helcimara Souza
Pólo: Belo Horizonte / MG.
RESUMO
O objetivo geral do presente estudo foi investigar o perfil e o preparo de alunos que
atualmente freqüentam cursos à distância para que seja possível obter um aprendizado eficaz.
A pesquisa foi realizada em duas instituições de ensino utilizando uma amostra de 50
estudantes. Após a realização da pesquisa considera-se a hipótese levantada no inicio do
trabalho comprovada, pois o pouco conhecimento sobre informática, baixa dedicação aos
estudos e ainda a falta de interesse em participar das atividades extras e o pouco contato com
os tutores sugere que o aluno atualmente não está preparado para aproveitar o potencial de
aprendizado oferecido por um curso à distância.
ABSTRACT
The general objective of the present study was to investigate the profile and the students'
preparation that now frequent courses at the distance so that it is possible to obtain an
effective learning. The research was accomplished in two teaching institutions using a sample
of 50 students. After the accomplishment of the research he/she is considered the lifted up
hypothesis in I begin him/it of the work proven because the little knowledge on computer
science, low dedication to the studies and still the lack of interest in participating in the extra
activities and the little contact with the tutors suggests that the student now is not prepared to
take advantage the learning potential offered by a course at the distance.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo teve como foco responder à seguinte problemática: qual o perfil e
tipo de conhecimentos dos alunos dos cursos à distância?
Desse modo, a pesquisa proposta se justifica, pois será uma oportunidade de verificar
se atualmente alunos dos cursos à distância estão de fato preparados para buscar o
conhecimento de forma independente e disciplinada, utilizando devidamente os recursos
tecnológicos propostos e transformando as aulas e módulos em conhecimento e aprendizado.
No que se refere ao perfil do aluno de EAD, Mendonça e Ferreira (2007) destacam que
há pesquisas que comprovam não haver uma faixa etária definida para os cursos a distância.
2
Assim, este estudo é também uma oportunidade de averiguar quem são atualmente os
alunos que freqüentam os cursos à distância, verificando sua faixa etária, renda, objetivos que
tem ao freqüentar o curso e outros aspectos que servirão para traçar um perfil mais detalhado.
Importa considerar que a investigação partiu da hipótese central de que o aluno que
atualmente freqüenta um curso à distância não está preparado para aproveitar eficazmente a
tecnologia e o tipo de conhecimento proposto.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Almeida (2002) desde o século XIX, a educação a distância com o uso do
correio para transmitir informações e instruções aos alunos e receber destes as respostas às
lições propostas, funciona como alternativa empregada principalmente na educação não
formal.
Mas com o desenvolvimento da informática e da tecnologia a educação à distância
ganhou novas formas, sendo atualmente realizada através da internet, o maior meio de
comunicação e troca de informações do mundo.
A esse respeito consideram Prado e Valente (2002, p. 15) que
O advento das tecnologias de informação e comunicação – TIC trouxe novas
perspectivas para a educação a distância, devido às facilidades de
design

e produção
sofisticados, rápida emissão e distribuição de conteúdos, interação com informações,
recursos e pessoas. Assim, universidades, escolas, centros de ensino e organizações
empresariais oferecem cursos a distância através de recursos telemáticos, os quais
podem assumir distintas abordagens.
A educação a distância tem sido uma modalidade de ensino que cresce a cada dia e
encontra-se disseminada em todas as partes do mundo, devido à necessidade de atender a
crescente parcela da população que busca a formação inicial ou continuada a fim de adquirir
condições de competir no mercado de trabalho.
Hoje em dia os ambientes virtuais de colaboração e aprendizagem constituem uma
densa rede de inter-relações entre pessoas, práticas, valores, hábitos, crenças e tecnologias em
um contexto de aprendizagem, processo em desenvolvimento em conjunto com os pares;
desenvolver a interaprendizagem, a competência de resolver problemas em grupo e a
autonomia em relação à busca, ao fazer e aprender (ALMEIDA, 2002).
Pesquisas de Preti (2003) indicam que a educação a distância é, pois, uma modalidade
não-tradicional, típica da era industrial e tecnológica, cobrindo distintas formas de ensinoaprendizagem,
dispondo de métodos, técnicas e recursos, postos à disposição da sociedade. A
maioria de seus alunos apresenta características particulares, tais como: são adultos inseridos
no mercado de trabalho, residem em locais distantes dos núcleos de ensino, não conseguiram
aprovação em cursos regulares, são bastante heterogêneos e com pouco tempo para estudar no
3
ensino presencial. Esses estudantes buscam essa modalidade porque nela encontram
facilidade para planejar seus programas de estudo e avaliar o progresso realizado, e até
mesmo porque preferem estudar a sós do que em classes numerosas.
De maneira geral, a educação a distância, conta com a presença do professor para
elaborar os materiais instrucionais e planejar as estratégias de ensino e com um tutor
encarregado de ajudar o aluno em suas tarefas ou orientá-lo em suas dúvidas. Tudo isso
disponibilizado através de um ambiente virtual (internet).
A educação a distância em ambientes virtuais permite romper com as distâncias
espaço-temporais e viabiliza a interatividade, recursividade, múltiplas interferências,
conexões e trajetórias, não se restringindo à disseminação de informações e tarefas
inteiramente definidas
a priori
. Desta forma, a EaD é concebida como um sistema aberto,
“com mecanismos de participação e descentralização flexíveis, com regras de controle
discutidas pela comunidade e decisões tomadas por grupos interdisciplinares” (MORAES
2007, p. 68).
Contudo, apesar da comprovada eficácia dos cursos a distância para a obtenção do
conhecimento e capacitação de alunos, há pesquisas que indicam uma falta de preparo
daqueles que freqüentam os cursos a distância, tanto no que se refere à utilização correta da
tecnologia, como no que se refere na busca autônoma pelo conhecimento.
De acordo com Renner (1995, apud Ferreira e Mendonça, 2007) muitos estudantes a
distância tendem a realizar uma aprendizagem passiva “digerindo pacotes de informações e
regurgitando os conhecimentos assimilados no momento de avaliação”.
Prado e Valente (2002) entendem que os alunos que se prestam a encarar um estudo
“virtual” devem estar certos de que podem administrar bem o tempo que tem, além de ter um
perfil dinâmico, independente e disciplinado. Por mais que os cursos ofereçam suporte de
professores, é preciso ter em mente que esse tipo de método exige que o aluno seja um tanto
quanto autodidata.
Para Almeida (2002), participar de um ambiente virtual significa atuar nesse ambiente,
expressar pensamentos, tomar decisões, dialogar, trocar informações e experiências e produzir
conhecimento. Cada pessoa busca as informações que lhe são mais pertinentes, internaliza-as,
apropria-se delas e as transforma em uma nova representação, ao mesmo tempo que
transforma-se e volta a agir no grupo transformado e transformando o grupo.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
“Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações
propostas” (LAKATOS e MARONI, 2004, p. 3).
4
Esta pesquisa foi realizada em dois centros educacionais de Educação à Distância,
tendo como principal proposta identificar o perfil e o preparo dos alunos atualmente
matriculados para freqüentarem tais cursos e para de fato aproveitar eficazmente os
conhecimentos e recursos disponíveis.
Quanto ao tipo, esta foi uma pesquisa descritiva que segundo Gil (2002, p. 28):
Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas
de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a
forma de Levantamento.
Este tipo de pesquisa se aplica à proposta porque a mesma descreveu as características
dos cursos à distância, identificou seus conceitos e formas atuais de aplicação e ainda
apresentou estudos e pesquisas sobre os alunos que atualmente freqüentam tais cursos.
Quanto ao nível de análise a pesquisa foi quantitativa. A pesquisa quantitativa,
segundo Lakatos e Marconi (2004, p. 61):
Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e
de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão,
coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.).
A análise quantitativa foi utilizada para a pesquisa junto aos alunos das duas
instituições pois a aplicação de questionários e o grande número de pesquisados exigiu uma
análise dessa natureza.
Os dados para esta pesquisa foram colhidos através de questionário, que segundo
Lakatos e Marconi (2004) é:
Série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante.
O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de
instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a
importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento (LAKATOS e
MARCONI, 2004, p. 42).
Foram tomados como sujeitos, 50 alunos de duas instituições de Ensino à Distância. A
pesquisa foi realizada no mês de agosto de 2010 e os instrumentos para a coleta de dados
serão apresentados no relatório final deste trabalho.
A análise foi feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar
dados e provas com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos da
pesquisa.
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os resultados apresentados abaixo foram obtidos através da aplicação de um
questionário com uma amostra de 50 alunos que atualmente freqüentam cursos à distância.
5
64%
36%
Feminino
Masculino
Gráfico 1: Sexo dos entrevistados
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
A pesquisa realizada com os 50 alunos de cursos à distância identificou que 64% da
amostra é do sexo feminino e 36% do sexo masculino.
16%
46%
16%
20% 2% De 21 a 25 anos
de 26 a 30 anos
de 31 a 35 anos
Mais de 35 anos
Menos de 20 anos
Gráfico 2: Idade dos entrevistados
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Quanto à idade, observa-se que os alunos com faixas etárias entre 26 a 30 anos
perfazem a maioria da amostra (46%). Mas ainda deve-se considerar o percentual de alunos
de 20% com mais de 35 anos, 16% de alunos com idades que variam de 21 a 25 anos, 16%
com média de idade entre 31 a 35 anos. A menor proporção identificada é de alunos com
menos de 20 anos (2%).
42%
52%
6%
Solteiro
Casado
Desquitado
Gráfico 3: Estado civil
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Com relação ao estado civil, observa-se que a maioria dos alunos que participaram da
pesquisa são casados (52%) contra 42% de alunos solteiros e 6% desquitados.
6
42%
34%
24%
Até 2 SM
de 2 a 5 SM
Mais de 5 SM
Gráfico 4: Renda média mensal
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
A renda média mensal de 42% dos alunos é de até 2 salários mínimos (R$ 1.020,00),
mas deve-se considerar o percentual de 34% de alunos pesquisados que mencionaram ter
renda mensal que varia de 2 a 5 salários mínimos e ainda 24% de alunos com rendas
superiores a 5 salários mínimos.
Aqui vale a pena mencionar que a pesquisa identificou profissões variadas entre os
alunos pesquisados e citando algumas temos, estagiários, auxiliares de escritório, atendentes
de telemarketing, autônomos e principalmente professores.
94%
6%
Sim
Não
Gráfico 5: Acesso à internet na residência
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Verifica-se que 94% dos alunos pesquisados atualmente possuem acesso à internet em
suas residências contra apenas 6% que mencionaram não ter internet em casa. O acesso fácil à
internet é um dos principais fatores para a promoção e desenvolvimento do Ensino à
Distância, já que as aulas são ministradas através do citado recurso.
22%
78%
Sim
Não
Gráfico 6: Acesso à internet no local de trabalho
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Já quando questionados sobre ter acesso à internet no local de trabalho, os resultados
apontam que 78% dos alunos não possuem acesso à internet onde trabalham contra apenas
22% que mencionaram ter acesso diário à internet nos locais onde trabalham. As questões
7
apresentadas abaixo são relacionadas ao conhecimento que os alunos possuem sobre
informática.
42%
58%
Sim
Não
Gráfico 7: Possui curso de informática
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Verifica-se através do GRAF. 7 acima que 58% dos alunos entrevistados não possuem
cursos de informática, contra 42% de alunos que mencionaram em pesquisa ter cursos formais
de informática.
22%
62%
16%
Avançado
Médio
Regular
Gráfico 8: Grau de conhecimento com relação a editores de texto
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Quanto questionados sobre o grau de conhecimentos que possuem sobre editores de
texto (Word, por exemplo) verifica-se que a maioria dos alunos (62%) mencionaram ter um
conhecimento médio e apenas 22% disseram que seu conhecimento em editores de texto é
avançado. Destaca-se ainda o percentual de 16% de alunos que disseram ter um conhecimento
regular em editores de textos.
16%
58% 26%
Avançado
Médio
Regular
Gráfico 9: Grau de conhecimento com relação a planilhas e bancos de dados
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
O conhecimento dos alunos em relação à planilhas e banco de dados é considerado
baixo, pois a maioria dos entrevistados (58%) mencionou em pesquisa ter um conhecimento
regular sobre esse quesito e ainda 26% mencionaram ter apenas um conhecimento médio
8
sobre planilhas e bancos de dados. Apenas 16% dos alunos entrevistados mencionaram ter um
conhecimento avançado em planilhas e bancos de dados.
48%
38%
14%
Avançado
Médio
Regular
Gráfico 10: Grau de conhecimento com relação à navegação na internet
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Com relação ao conhecimento dos alunos sobre navegação na internet, verifica-se um
relativo conhecimento já que 48% dos alunos mencionaram que navegam perfeitamente na
internet e ainda 38% mencionaram que possuem um conhecimento médio. Apenas 14% dos
alunos mencionou em pesquisa ter um conhecimento regular sobre navegação na internet.
22% 60%
18%
de 1 a 3 horas por dia
de 3 a 6 horas por dia
Mais de 6 horas por dia
Gráfico 11: Tempo que utiliza a internet diariamente
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Verifica-se que a maioria dos alunos pesquisados (60%) fica em média de 1 a 3 horas
conectados na internet, contra 22% que mencionaram em pesquisa ficar conectados na
internet em média de 3 a 6 horas por dia. A menor parcela de alunos pesquisados (16%)
mencionou em pesquisa ficar conectados mais de 6 horas diárias na internet.
18%
52%
30%
Trabalho
Estudos
Diversão
Gráfico 12: Principal motivo para utilizar a internet
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Observa-se através do resultado apresentado acima que 52% dos alunos entrevistados
mencionaram que os estudos atualmente são os principais motivos que os levam a utilizar a
internet, contra 30% que disseram que utilizam a internet principalmente para se divertir.
9
Destaca-se que 18% apenas de alunos mencionou em pesquisa utilizar principalmente a
internet para trabalhar.
Os resultados apresentados abaixo estão relacionados ao ensino à distância de uma
maneira geral e a preparação dos alunos para o bom aproveitamento dos cursos.
34%
14%
52%
Capacitação no trabalho
Ampliar conhecimentos
Formação básica
Gráfico 13: Principal motivo da procura por um curso à distância
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Nota-se que a grande maioria dos alunos pesquisados procuraram um curso à distância
para a formação básica (destaca-se na pesquisa que a maioria dos alunos não possui curso
superior). Há ainda 34% de alunos que procuraram os cursos à distância para a capacitação no
trabalho e a menor parcela de alunos pesquisados (14%) procuraram os cursos para ampliarem
seus conhecimentos.
46%
36%
18% Falta de tempo para frequentar
escola regular
Preços mais baratos
Facilidade de acesso
Gráfico 14: Motivo que mais condiz com a realidade para procurar a EAD
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Nota-se que a falta de tempo para freqüentar um curso regular foi a opção de 46% dos
alunos para optar pela EAD e há ainda 36% de alunos que mencionaram ter escolhido a
modalidade de ensino à distância pelos preços mais baratos. Há ainda 18% que disseram ter
escolhido a EAD pela facilidade de acesso proporcionada pela internet.
56%
44%
SIM
NÃO
Gráfico 15: Acesso diário ao portal de educação
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
10
O GRAF. 15 acima demonstra que uma parcela significativa de alunos (44%) não
acessa o portal de educação da instituição onde está realizando o curso à distância
regularmente. Embora a maioria (56%) de alunos tenha mencionado acessar diariamente o
portal da instituição, o acesso diário por parte dos alunos ao portal e aos conteúdos do curso é
de grande relevância para o bom aproveitamento.
22%
38%
40% Não estudo todos os dias
Menos de 1 hora
De 1 a 2 horas
Gráfico 16: Tempo que se dedica aos estudos
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Quando questionados sobre o tempo que se dedicam diariamente para os estudos,
verifica-se que 40% dos alunos entrevistados mencionaram que estudam em média de 1 a 2
horas por dia. Mas, embora a maioria dos alunos dedique um tempo razoável para os estudos
diários é grande a parcela de alunos que menciona não estudar todos os dias (22%) e ainda há
38% de alunos que mencionaram em pesquisa estudar menos de 1 hora por dia.
78%
22%
SIM
NÃO
Gráfico 17: participa dos fóruns e atividades extras
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
A pesquisa realizada em duas instituições que promovem cursos à distância com 50
alunos identificou que há uma significativa participação dos mesmos nos fóruns e atividades
extras promovidas pelas instituições (76%) contra 22% de alunos que não participam
ativamente de todos os fóruns e atividades extras.
46%
54%
SIM
NÃO
Gráfico 18: realização das atividades das disciplinas no tempo correto
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
11
Já com relação à realizar as atividades das disciplinas nos tempos estipulados pelas
instituições, nota-se que não há um compromisso ativo dos alunos, visto que 56%
mencionaram que não realizam tais atividades nos tempos corretos, contra 46% de alunos que
procuram realizar as atividades no tempo estipulado pelas instituições de ensino onde
atualmente realizam seus cursos.
66%
34%
SIM
NÃO
Gráfico 19: dificuldade para inserir as atividades no portal
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
A pesquisa realizada identificou que não há dificuldade por parte dos alunos em inserir
as atividades programadas no portal, já que 66% dos entrevistados mencionou em pesquisa
não ter qualquer tipo de dificuldade com relação à esse quesito. Mas embora em minoria
destaca-se que 34% dos alunos mencionaram ter dificuldades no momento de inserir as
atividades programadas no portal da instituição.
44%
14%
42% SIM
NÃO
Só quando necessário
Gráfico 20: Realiza contatos freqüentes com os tutores
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
Quando questionados sobre realizar contatos freqüentes com os tutores das disciplinas,
44% dos alunos entrevistados mencionaram estar em contato frequentemente com seus tutores
e há ainda 42% de alunos que realizam tal tipo de contato apenas quando é necessário. Apenas
14% dos alunos destacou que não realizam frequentemente contatos com os tutores das
disciplinas realizadas.
22%
78%
SIM
NÃO
Gráfico 21: Utiliza outros materiais de pesquisa além do disponibilizado pela instituição
Fonte: Pesquisa realizada pela autora (2010)
12
Finalmente aos serem questionados sobre utilizarem outros materiais para pesquisa ou
para a realização de suas atividades além do material disponibilizado pela instituição, nota-se
que a grande maioria dos alunos pesquisados (78%) mencionou não ter interesse em buscar
outros materiais contra apenas 22% de alunos que mencionaram que buscam novos materiais
para complementar seus estudos e atividades.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização da presente pesquisa pode-se constatar que de fato, com relação ao
sexo e a idade, não há um perfil definido para os alunos que freqüentam ensinos à distância, o
que vai de encontro com as pesquisas realizadas por Mendonça e Ferreira (2007) quando
destacam que há pesquisas que comprovam não haver uma faixa etária definida para os cursos
a distância.
Verificou-se que os alunos possuem acesso fácil à internet, visto que 94% dos
entrevistados mencionaram ter o recurso em suas próprias residências. Destaca-se aqui que o
acesso à internet é uma premissa básica para a realização de cursos à distância, pois a
modalidade utiliza tecnologias de comunicação virtual necessitando que o aluno acesse com
freqüência seus portais disponibilizados na rede mundial de comunicação.
Mas, a pesquisa identificou que embora exista facilidade de acesso à internet, os
alunos dedicam-se pouco aos estudos, pois embora 52% da amostra tenha mencionado que
utilizam principalmente a internet para estudar, há um significativo percentual de 30% de
indivíduos que utilizam principalmente a internet por diversão. Destaca-se ainda o percentual
de 22% de alunos que não estudam todos os dias e ainda 38% que dedicam-se aos estudos
menos de 1 hora por dia.
Os resultados condizem com as pesquisas realizadas por Preti (2003), Moraes (2007) e
Mendonça e Ferreira (2007) quando mencionam que o aluno freqüentador da EAD tende a ter
uma aprendizagem passiva, não se interessando em realizar outras atividades além das
obrigatórias e não se dedicando aos estudos o tempo mínimo de 3 horas diárias.
Com relação ao principal motivo de escolha por um curso a distância, a pesquisa
identificou que a maioria busca a capacitação profissional, o que condiz com a pesquisa
realizada por Preti (2003), mas há também uma grande parcela que busca a EAD para a
formação básica. O resultado indica que atualmente a busca por conhecimento e capacitação é
uma tendência crescente e o ensino à distância tem contribuído de forma significativa para
auxiliar indivíduos que necessitam de formação e capacitação.
Cabe aqui mencionar a baixa participação dos alunos nos fóruns e atividades extras
promovidas pelas instituições e ainda o pouco contato com os tutores das disciplinas. Tal
13
questão deve-ser modificada, pois a participação dos alunos nas atividades extras e o contato
com os tutores são fundamentais para o aproveitamento de seus estudos. Finaliza-se este
trabalho destacando que embora existam muitos trabalhos sobre o ensino à distância no Brasil,
há poucos estudos que comprovam o perfil do aluno e sua falta de preparo.
Considera-se a hipótese levantada no inicio do trabalho comprovada, pois o pouco
conhecimento sobre informática, baixa dedicação aos estudos e ainda a falta de interesse em
participar das atividades extras e o pouco contato com os tutores sugere que o aluno
atualmente não está preparado para aproveitar o potencial de aprendizado oferecido por um
curso à distância.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. E. B.
Tecnologia de informação e comunicação na escola:
novos
horizontes na produção escrita. PUC/SP. Mimeo, 2002.
FERREIRA, Zuleika Nunes; MENDONÇA, Gilda A. A.

O perfil do aluno de educação à
distância no ambiente do TELEDUC. 2007.

Disponível em:
07/Cognitivas/trabalho_101_gilda_anais.pdf>. Acesso em 01 de setembro de 2010.
GIL, Antônio Carlos.
Como Elaborar Projetos de Pesquisa
. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.
Metodologia científica.
4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MORAES, M. C.
O Paradigma Educacional Emergente
. Campinas, Papirus,. 2007.
PRADO, M. E. B. B; VALENTE, J. A. A Educação a Distância possibilitando a formação do
professor com base no ciclo da prática pedagógica. In: Moraes, M. C.

Educação a distância:
fundamentos e práticas

. OEA/MEC, Unicamp, NIED, 2002.
PRETI, O
. Educação à distância:
uma prática educativa mediadora e mediatizada. (2003).
Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/
ead

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aprendizagem em EAD

O que é a Educação a Distância - EAD, suas características e evolução histórica.A Educação a Distância (EAD) é considerada, segundo o decreto Decreto-Lei n° 2.494, de 10/2/1998 como, “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados (...)”. A legislação em EAD, atual, mostra avanços significativos, mas não temos a intenção de acompanhar o crescimento histórico da presente modalidade de ensino, e sim, perceber através, de práticas uma superação de valores, atitudes dando significado ao fazer Educação a Distância.

O cenário atual da EAD vem passando por transformações a partir de um contexto de mudanças de valores, em que a diversidade cultural é presente, tendo um significado maior em sua contextualização, de saberes e conhecimentos, assumindo um papel importante na sociedade vigente, na qual a globalização gera uma necessidade de comunicação e informação sem fronteiras.

A sociedade vigente caracterizada pela seletividade e dualismo pode restringir a EAD em vários pontos, que por uma legislação específica, podemos entendê-la como meio para inclusão, na qual visa a partir de um espaço interativo, troca de saberes em que deve ser potencializada competências que possam garantir a formação de um cidadão atuante na presente sociedade. Portanto devemos construir parcerias a partir de uma discussão, que norteiem um fazer EAD comprometido com suas reais necessidades, as quais venham legitimar sua prática.

Em âmbito geral, levando em consideração as mudanças que vêem acontecendo em nossa sociedade, podemos entender a EAD como uma modalidade de ensino que tem suas peculiaridades, na qual sua proposta pedagógica deverá ser rediscutida no que se refere à modalidade à distância, em que seu referencial de fazer educação não seja, parcialmente, anulado.

O avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) provocou mudanças significativas em fazer EAD, logo foi criando corpo, hoje, está presente em todos os setores, em particular, sua presença no sistema educacional faz com que reflitamos sobre pontos inerente à educação, como: didática, metodologia, avaliação, planejamento, dentre outros pontos relevantes.

Consideramos as atividades presenciais na EAD como complemento de um processo de ensino-aprendizagem, na qual não deverá ser tida como prioridade para avaliar, porém somada as diferentes realidades em que a EAD se apresenta.

Sabemos que sua proposta é significativa no que diz respeito a fazer educação de forma efetiva. Mesmo de forma consciente, autônoma, interativa, comprometida com a formação continuada, na qual dará oportunidade a sociedade um espaço de formação, de troca e meio à inclusão para uma educação para todos, encontramos distorções que inviabilizam o processo educacional à distância.

A definição de EAD como uma proposta inclusiva ainda precisa ser repensada como educação para o futuro, em que sua proposta não deve ser vista como saída para uma educação justa, mas como momento inerente ao que vivemos, hoje, no qual é um processo árduo, que precisa superar suas limitações a partir de uma legislação repensada não no moldes que já temos, porém condizente ao momento em que estamos, propondo um significado crítico-reflexivo ao que queremos.

As questões importantes, levantadas no presente artigo, sobre tal tema, podem ser consideradas como caminho para uma educação inovadora a partir de uma roupagem caracterizada pela interatividade e não-linearidade, em que se apresenta não como saída para uma educação de qualidade, mas complementar a que temos, modalidade presencial, para uma educação justa.

De acordo com Litwin (2001), a EAD é considerada como uma modalidade de ensino com características específicas, caracterizando-se pela utilização de uma multiplicidade de recursos pedagógicos, objetivando a construção do conhecimento, na qual apresenta excelentes possibilidades da modalidade para a educação permanente.
O primeiro ponto que discutiremos é a mediação como princípio educacional que requer superação de limitações, as quais surgem a partir de desafios inerentes ao meio. Os desafios se apresentam com um significado pertinente a construção da aprendizagem, surgem num espaço de desequilíbrio, nos quais expectativas são afloradas desencadeando necessidades para a atuação de um indivíduo, quer flexível. Os termos mediação e desafio estão relacionados ao que se refere às potencialidades necessárias à superação de entraves que possam surgir ao nos depararmos num mundo de transformações constantes.

A mediação surge como meio viável à intervenção necessária para propiciar credibilidade ao ousar no desconhecido. O mediador deve está preparado para proporcionar um ambiente de desequilíbrio à realidade do indivíduo sem subestimá-lo, percebendo a partir de um diagnóstico prévio suas reais necessidades.

O processo de ensino aprendizagem quer presencial ou à distância requer um espaço interativo, confiável, onde a reciprocidade na construção do conhecimento é fundamental. Considerando a mediação enquanto princípio educativo, podemos viabilizar o processo no que se refere a sua potencialidade. A mediação como princípio educacional vem resignificar a prática docente, em particular, na EAD a presença de um espaço de mediações promove as competências do tutor a um significado de valores inerente a sua atuação.

Um outro ponto é a abordagem de aprendizagem, de acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias comportamentais “... são teorias calcadas nas características de indivíduos ou de espécies de indivíduos, e que dão pouquíssima ou nenhuma atenção às condições sócioculturais de vida desses mesmos indivíduos. O núcleo comum dessas teorias é a ênfase dada aos comportamentos modificados, se bem que as suas formas de obtenção sejam peculiares a cada um”.

Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Pavlov, Skinner e Bandura no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para exemplificarmos se há aprendizagens que podem ser explicadas através da abordagem comportamental e se há outras que não podem.

Ivan Pavlov fundamenta sua teoria por meio do estímulo condicionado, a aquisição se dá pelo condicionamento respondente; a retenção é fraca e a transferência é tida como ponto negativo em sua teoria, não há aprendizagem significativa, conhecida como condicionamento clássico.

Skinner fundamenta sua teoria por meio do condicionado operante, a aquisição é fácil e rápida; a retenção não é forte e a transferência é pouco presente. O reforço é uma característica fundamental.

Albert Bandura fundamenta sua teoria por meio do condicionado social, a aquisição se faz de modo indireto; a retenção não é muito grande e a transferência será reduzida, conhecida como aprendizagem vicariante.

Diante da apreciação feita acima acerca da construção do conhecimento, segundo os principais nomes das teorias comportamentais, há aprendizagens que podem ser explicadas a partir do condicionamento, ponto chave para fundamentação nas presentes teorias. Um exemplo clássico é o uso de códigos para se comunicar, usamos símbolos fictícios que constituam o nosso alfabeto, o reforço é fundamental para que possamos fixar e/ou apreender, com um tempo sem reforço será inevitável esquecer, fazendo uma analogia à simbologia matemática, a interação se faz presente através da contextualização e dos requisitos inerente a potencialidades ao que se refere o conhecimento matemático, características das teorias cognitivas.

De acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias cognitivas “... se caracterizam por apresentar a aprendizagem como resultante de um processo de construção”.

Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Gestalt, Jean Piaget, Jerome Bruner, Lev Vygotsky e Howard Gardner no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para destacarmos aspectos das abordagens de aprendizagem que são úteis na prática do professor/tutor.

Gestalt fundamenta sua teoria na percepção, a aquisição, ou seja, a aprendizagem ocorre por meio de relações estruturadas; a retenção, como a aprendizagem é conservada, se dá pela observação da permanência e na sua reutilização, e a transferência possibilita uma comunicação entre diversas estruturas anteriores e as novas situações.

Jean Piaget fundamenta sua teoria por meio da interação do sujeito (homem) com o objeto (meio-físico-social), a aquisição está relacionada com processo de equilibração; a retenção considera o inconsciente cognitivo e a transferência considera as suas aprendizagens anteriores, a partir de novas situações.

Jerome Bruner fundamenta sua teoria por meio da intuição, a aquisição está relacionada com a percepção; a retenção, com a disponibilidade do conteúdo intuído a uma categoria para sua utilização e a transferência a partir de novas intuições.

Lev Vygotsky, apresenta uma teoria psicológica sóciocultural do desenvolvimento, a aquisição acontece por meio da mediação simbólica; a retenção confere a cada conteúdo um significado e a transferência é uma constante.

A abordagem sóciocultural enfatiza aspectos sócios-políticos-culturais, tendo forte vínculo com a cultura popular. Todos os seres humanos são homens concretos, situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto histórico.

O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto, quanto mais ele reflete sobre a sua própria condição concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la.
Por Rodiney Marcelo
Especialista em Educação a Distância (SENAC)
Colunista Brasil Escola

8 dicas para tornar o seu estudo a distância mais eficiente

Modalidade exige muito mais do que um computador. Saiba como aproveitar os benefícios e contornar as deficiências do método de ensino

Crédito: Reprodução
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A Universidade Aberta de Madri (UDIMA) auxilia você a tirar proveito da modalidade a distância
Aprenda a priorizar os estudos, planejar a rotina acadêmica e a utilizar os recursos tecnológicos a seu favor

Se ao invés do tradicional ensino presencial você optar por um curso a distância, saiba que não basta apenas substituir às salas de aulas por um computador. Embora a modalidade não estipule grande horária fixa e permita a realização de atividades simultâneas, é preciso saber priorizar os estudos, planejar a rotina acadêmica e recorrer aos recursos tecnológicos. Confira oito dicas da Universidade Aberta de Madri (UDIMA) que vão auxiliá-lo a tirar proveito dessa metodologia e tornar o seu processo de aprendizagem mais proveitoso.
 
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1. Organizar o tempo
Defina o tempo necessário de dedicação aos estudos e respeite-o. Ainda que a educação a distância permita realizar simultânea outras atividades (trabalho, família, entretenimento), o segrego está em encontrar o equilíbrio entre os distintos ambitos da vida pessoal.
 
2. Seja sensato
Nem sempre é possível dedicar-se integralmente aos estudos. Portanto, seja realista e não assuma mais matérias do que a sua agenda permite. Isso porque, ao invés de agilizar a conclusão dos estudos, poderá acumular reprovações.
 
3. Aproveite as TIC's
Para não se isolar no processo de aprendizagem à distância recorra aos recursos tecnológicos disponíveis nas salas virtuais. Ferramentas como fóruns, wikis, chats, vídeos e realidade virtual, além de incrementarem o ensino/aprendizagem, são pontos de encontro de estudantes e docentes.
 
4. Motive-se
Ainda que a maioria dos estudantes desta modalidade não disponha de muito tempo para o estudo, é necessário encontrar a motivação para cumprir as atividades propostas pelo curso ao menos uma vez por dia. Não deixe que a rotina cansativa de trabalho te desvie desse foco. O ensino a distância exige consistência.
 
5. Priorize sempre
Identifique as obrigações e as tarefas mais urgentes para realizá-las em primeiro lugar. O ideal é estabelecer metas diárias e realistas. Programe metas relativamente fáceis de ser alcançadas.
 
6. Amplie os conhecimentos
Desperte em você a inquietude pela descoberta de novos conhecimentos e não se limite apenas ao conteúdo das aulas. Consulte fontes complementares para favorecer a expansão dos aprendizados.
 
7. Não tenha vergonha de perguntar
É necessário ter uma relação fluída com professores e tutores. Na educação a distância você terá uma atenção personalizada, individualizada e permanente. Use e abuse desse benefício.
 
8. Realize as atividades e exames nos prazos indicados
É aconselhável que realize a tempo as atividades e os testes propostos pelos professores ao longo do curso.

Aprendendo a aprender

Hoje dia 18/04/2011 é o primeiro dia que eu estou aprendendo como criar um brogger, achei que seria mais difícil ,espero que esta seja uma ferramenta importante em minha vida e na vida daqueles  que vão estar comigo nesta caminhada, pois para mim este é o inicio do aprendendo a aprender.