O Estado de São Paulo
6/8/2006
Educação a distância é opção para milhões
Um teste para você, leitor. Há quantos anos existe educação à distância (EAD) no mundo? Há 20 anos, 50, 100 ou 150? Se você optou por 150, acertou em cheio. “Esse processo de aprendizagem remota começou praticamente no século 19 na Europa, com os primeiros cursos por correspondência, que ensinavam novas práticas agrícolas e métodos de trabalho no comércio” – ensina o professor Fredric Michael Litto, da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED). Para alguns educadores cristãos, a EAD já existia nos tempos bíblicos, por exemplo, com as epístolas de São Paulo.
Seu grande impulso no mundo só veio com a evolução dos meios de comunicação, com o cinema, o rádio, a televisão e o videocassete, que foram sendo progressivamente incorporados à prática da educação à distância. Na atualidade, a grande explosão da EAD se deve, principalmente, ao impacto das tecnologias da comunicação e da informação (TCIs) e ao tipo de sociedade em que vivemos.
Essas novas tecnologias permitem reunir numa única mídia todas as anteriores, com imagens estáticas e animadas, sons e texto e, ainda mais, a interatividade. O segundo fator de desenvolvimento da EAD decorre das características da chamada sociedade do conhecimento, em que milhões de pessoas economicamente ativas são pressionadas a buscar reciclagem e atualização constante de seus conhecimentos, para não serem postas à margem do mercado de trabalho e da evolução profissional.
Aa internet adquiriu nos últimos 10 anos papel extraordinário, ao permitir que milhões de brasileiros possam aprender em qualquer lugar, seja em casa, no escritório, na fábrica, num telecentro ou nos momentos de lazer. Para o professor Litto, as novas tecnologias de informação proporcionam três vantagens fundamentais: 1) interatividade; 2) personalização da informação (tudo sob medida); e 3) assincronia (time-shifting), permitindo ao aluno participar de um curso a qualquer hora, segundo sua conveniência.
Curiosamente, pesquisas canadenses mostram que o aprendizado via internet chega a ser mais eficiente do que cursos presenciais, os face-to-face ou F2F. Por quê? O que faz a diferença é a interatividade entre os alunos. Na verdade, nas aulas presenciais, o professor domina tudo, e a interatividade acaba sendo baixa. Já os cursos on line permitem maior interação ou bidirecionalidade.
Um teste para você, leitor. Há quantos anos existe educação à distância (EAD) no mundo? Há 20 anos, 50, 100 ou 150? Se você optou por 150, acertou em cheio. “Esse processo de aprendizagem remota começou praticamente no século 19 na Europa, com os primeiros cursos por correspondência, que ensinavam novas práticas agrícolas e métodos de trabalho no comércio” – ensina o professor Fredric Michael Litto, da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED). Para alguns educadores cristãos, a EAD já existia nos tempos bíblicos, por exemplo, com as epístolas de São Paulo.
Seu grande impulso no mundo só veio com a evolução dos meios de comunicação, com o cinema, o rádio, a televisão e o videocassete, que foram sendo progressivamente incorporados à prática da educação à distância. Na atualidade, a grande explosão da EAD se deve, principalmente, ao impacto das tecnologias da comunicação e da informação (TCIs) e ao tipo de sociedade em que vivemos.
Essas novas tecnologias permitem reunir numa única mídia todas as anteriores, com imagens estáticas e animadas, sons e texto e, ainda mais, a interatividade. O segundo fator de desenvolvimento da EAD decorre das características da chamada sociedade do conhecimento, em que milhões de pessoas economicamente ativas são pressionadas a buscar reciclagem e atualização constante de seus conhecimentos, para não serem postas à margem do mercado de trabalho e da evolução profissional.
Aa internet adquiriu nos últimos 10 anos papel extraordinário, ao permitir que milhões de brasileiros possam aprender em qualquer lugar, seja em casa, no escritório, na fábrica, num telecentro ou nos momentos de lazer. Para o professor Litto, as novas tecnologias de informação proporcionam três vantagens fundamentais: 1) interatividade; 2) personalização da informação (tudo sob medida); e 3) assincronia (time-shifting), permitindo ao aluno participar de um curso a qualquer hora, segundo sua conveniência.
Curiosamente, pesquisas canadenses mostram que o aprendizado via internet chega a ser mais eficiente do que cursos presenciais, os face-to-face ou F2F. Por quê? O que faz a diferença é a interatividade entre os alunos. Na verdade, nas aulas presenciais, o professor domina tudo, e a interatividade acaba sendo baixa. Já os cursos on line permitem maior interação ou bidirecionalidade.
TRÊS MILHÕES
Quantas pessoas se beneficiam da EAD hoje no Brasil? Segundo o professor Fredric Litto, são mais de 3 milhões. Desse total, 1,5 milhão estão nas empresas, nas chamadas “universidades corporativas”; 500 mil do Telecurso 2000; 200 mil em cursos superiores, incluindo tanto aqueles aprovados pelo Ministério da Educação, quanto os cursos livres; 300 mil no Sistema-S (Senai, Senac, Sesi e Sebrae), 100 mil em cursos por correspondência, além de outros, com número menor de aprendizes.
A educação à distância não atende a todas as pessoas e aspirações. “Aprender à distância não é para todo mundo” – enfatiza o professor Litto. “Alunos mais exigentes, que precisam de muita atenção ou cuidado de um professor, não se adaptam nem conseguem os melhores resultados. EAD é para o aluno altamente motivado, disciplinado e organizado na realização dos deveres, com muita autonomia e que já tenha aprendido a aprender”.
O Brasil finalmente tem sua primeira Universidade Aberta (UAB), após dezenas de tentativas nos últimos 30 anos, sendo a primeira delas de iniciativa de Darcy Ribeiro. O Ministério da Educação reconhece a entidade, como instituição pública de ensino superior, aberta a qualquer pessoa com idade acima de 18 anos, que pode ingressar sem exame vestibular, mas que terá ser aprovada em todas as disciplinas de seu currículo.
No mundo, existem universidades abertas em mais de 60 países. Uma das pioneiras foi a universidade aberta do Reino Unido, a Open University, criada há mais de 30 anos, e que tem atualmente 200 mil alunos. Na Índia, está a maior universidade aberta do planeta, a Universidade à Distância Indira Gandhi, com 1,5 milhão de alunos.
Quantas pessoas se beneficiam da EAD hoje no Brasil? Segundo o professor Fredric Litto, são mais de 3 milhões. Desse total, 1,5 milhão estão nas empresas, nas chamadas “universidades corporativas”; 500 mil do Telecurso 2000; 200 mil em cursos superiores, incluindo tanto aqueles aprovados pelo Ministério da Educação, quanto os cursos livres; 300 mil no Sistema-S (Senai, Senac, Sesi e Sebrae), 100 mil em cursos por correspondência, além de outros, com número menor de aprendizes.
A educação à distância não atende a todas as pessoas e aspirações. “Aprender à distância não é para todo mundo” – enfatiza o professor Litto. “Alunos mais exigentes, que precisam de muita atenção ou cuidado de um professor, não se adaptam nem conseguem os melhores resultados. EAD é para o aluno altamente motivado, disciplinado e organizado na realização dos deveres, com muita autonomia e que já tenha aprendido a aprender”.
O Brasil finalmente tem sua primeira Universidade Aberta (UAB), após dezenas de tentativas nos últimos 30 anos, sendo a primeira delas de iniciativa de Darcy Ribeiro. O Ministério da Educação reconhece a entidade, como instituição pública de ensino superior, aberta a qualquer pessoa com idade acima de 18 anos, que pode ingressar sem exame vestibular, mas que terá ser aprovada em todas as disciplinas de seu currículo.
No mundo, existem universidades abertas em mais de 60 países. Uma das pioneiras foi a universidade aberta do Reino Unido, a Open University, criada há mais de 30 anos, e que tem atualmente 200 mil alunos. Na Índia, está a maior universidade aberta do planeta, a Universidade à Distância Indira Gandhi, com 1,5 milhão de alunos.